segunda-feira, 23 de março de 2009

Pedagogia da Autonomia - de Paulo Freire



Este pequeno-grande livro de bolso, com apenas 163 páginas. É um livro necessário a todo educador que se diz voltado para uma relação ensino > aprendizagem dos novos tempos, de interação e respeito à vida, à comunidade, e amor ao saber, aquele saber construído e transformado pela reflexão. Estou sempre relendo suas páginas, seu conteúdo reflexivo e amoroso sobre a prática do ensino.



Mestre Paulo Freire em 03 capítulos subdivididos em tópicos agradáveis de ler, com simplicidade, mas com mestria na exposição do seu pensamento, intenciona nos abrir os olhos para uma prática de ensino onde estão presentes sempre o humanismo, o respeito ao saber do outro, a interação professores e alunos, e a responsabilidade do educador como ser em constante movimento de aprimoramento pessoal e profissional, para levar a cabo uma prática voltada para a criticidade e respeito pela cultura que o cerca.



"Ensinar exige segurança, competência profissional, e generosidade" "Ensinar não é transferir conhecimento" "Ensinar exige curiosidade", com chamadas como estas, o mestre vai desenvolvendo esta obra que é um reflexo de sua vivência dedicada à educação, na lida com comunidades as mais diversas e carentes de uma educação que a verdadeira democracia deveria abordar e construir.

Um livro para todos, mas fundamental para professores.

Assistam ao video no YOUTUBE:
http://www.youtube.com/watch?v=YzURD6CgVs4


FONTE: ISTO É

Sobre o autor
Paulo Freire: educador reconhecido internacionalmente pelo método de alfabetização

Introdução
Paulo Régis Neves Freire, educador pernambucano, nasceu em 19/9/1921 na cidade do Recife. Foi alfabetizado pela mãe, que o ensina a escrever com pequenos galhos de árvore no quintal da casa da família. Com 10 anos de idade, a família mudou para a cidade de Jaboatão.

Biografia
Na adolescência começou a desenvolver um grande interesse pela língua portuguesa. Com 22 anos de idade, Paulo Freire começa a estudar Direito na Faculdade de Direito do Recife. Enquanto cursava a faculdade de direito, casou-se com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira. Com a esposa, tem teve cinco filhos e começou a lecionar no Colégio Oswaldo Cruz em Recife.

No ano de 1947 foi contratado para dirigir o departamento de educação e cultura do Sesi, onde entra em contato com a alfabetização de adultos. Em 1958 participa de um congresso educacional na cidade do Rio de Janeiro. Neste congresso, apresenta um trabalho importante sobre educação e princípios de alfabetização. De acordo com suas idéias, a alfabetização de adultos deve estar diretamente relacionada ao cotidiano do trabalhador. Desta forma, o adulto deve conhecer sua realidade para poder inserir-se de forma crítica e atuante na vida social e política.

No começo de 1964, foi convidado pelo presidente João Goulart para coordenar o Programa Nacional de Alfabetização. Logo após o golpe militar, o método de alfabetização de Paulo Freire foi considerado uma ameaça à ordem, pelos militares.Viveu no exílio no Chile e na Suíça, onde continuou produzindo conhecimento na área de educação. Sua principal obra, Pedagogia do Oprimido, foi lançada em 1969. Nela, Paulo Freire detalha seu método de alfabetização de adultos. Retornou ao Brasil no ano de 1979, após a Lei da Anistia.

Durante a prefeitura de Luiza Erundina, em São Paulo, exerceu o cargo de secretário municipal da Educação. Depois deste importante cargo, onde realizou um belo trabalho, começou a assessorar projetos culturais na América Latina e África. Morreu na cidade de São Paulo, de infarto, em 2/5/1997.

Obras do educador Paulo Freire:• A propósito de uma administração. Recife: Imprensa Universitária, 1961.
• Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo. Estudos Universitários – Revista de Cultura da Universidade do Recife. Número 4, 1963: 5-22.
• Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.
• Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970.
• Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979.
• A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora, 1982.
• A educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991.
• Pedagogia da esperança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1992.
• Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993.
• Cartas a Cristina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1974.
• À sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho d’Água, 1995.
• Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.
• Mudar é difícil, mas é possível (Palestra proferida no SESI de Pernambuco). Recife: CNI/SESI, 1997-b.
• Pedagogia da indignação. São Paulo: UNESP, 2000.
• Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez Editora, 2001

Fonte
www.novaescola.com.br