quinta-feira, 30 de abril de 2009

Caminhos para uma educação no Campo

Brasil - Quando se coloca o problema da educação do campo, grande parte de nossos governantes, secretarias de educação e intelectuais que se dizem pensantes da educação, partem do princípio que os grandes desafios estão na falta de estrutura, de professores preparados, de transporte escolar adequado, de material didático-pedagógico. O grande desafio, na verdade, é a mudança do modelo de educação presente no campo.



A escola que temos no campo não prepara as crianças nem para o mundo urbano e nem para o mundo do campo (com suas diferentes expressões culturais, de organizar a vida, de convivência). Mas sim para serem subservientes à lógica do capitalismo. Ou para serem explorados, espoliados e nada mais. Enquanto as escolas agrotécnicas e os cursos de agronomia preparam jovens, quase todos oriundos do campo, para servirem as multinacionais e as regras do agronegócio, o que resta da educação no campo se afirma como uma espécie de desaprovação do conjunto de sentimento sócio-cultural que faz parte da comunidade camponesa. Não se mostra ou não se visualiza, nas escolas camponesas, as contradições presentes entre os que se afirmam donos das terras e os explorados nas relações capital trabalho. Impôs-se aos trabalhadores do campo uma visão de campo puramente capitalista: ou se produz e se reproduz a agricultura baseada no uso intensivo de fertilizantes químicos, de maquinas pesadas, agro-exportadora, com muita terra a disposição e mão-de-obra especializada e não especializada, ou então não tem agricultura sustentável. Isso é o que a mídia mostra todos os dias. Fazer a Reforma Agrária e organizar outro modo de vida no campo, com políticas públicas voltadas para os desafios postos pelas diferentes realidades culturais presentes nos diferentes sujeitos camponeses, são significados sociais e culturais que fogem a lógica do mercado neoliberal. Esse caminho não é moderno, nem produz patrão e empregado, não trabalha com máquinas pesadas, não compra muitas sementes, nem insumos, não favorece a concentração da terra, não cria graves impactos ambientais, não cria autonomia nas pessoas e nem ajuda desenvolver pesquisas nas pequenas propriedades, enfim, gera apenas grandes negócios para grandes empresários da terra. O capitalismo sabe que transformar o campo em outro espaço de convivências humanas, de produção, de intercambio, de gestação de outros sentimentos ambientais e reinvenção de outros valores, exige acabar com a expropriação e exploração da natureza. Negar esse modelo significa negar o agronegócio, os interesses das multinacionais, as políticas de preços, de commodities da famigerada organização mundial do comércio. Significa mexer na racionalidade puramente burguesa e esclerosada do capitalismo. A política que sustenta o agronegócio não tem coração, nem sentimento. Tudo é movido por meio do dinheiro, de mentiras, de mitos, de números que formam verdadeiras constelações de relações abstratas, longe dos impactos sociais, culturais e ambientais que ficaram para traz. Ao colocarmos, com certa urgência, a necessidade de um projeto político-pedagógico de educação do campo, afirmado por uma política pública que busque realmente expressar a realidade camponesa, não podemos esquecer o acúmulo de experiências de educação popular, construídas e acumuladas a partir do final dos anos 60, principalmente por parte das Comunidades Eclesiais de Base. Foi exatamente no interior destas comunidades que milhões de camponeses vivenciaram experiências de educação popular, onde muita gente aprendeu a ler e escrever a partir das lendas dos povos, leituras de mundo das famílias camponesas. Entendemos que é preciso desentulhar todas as experiências que foram registradas e engavetadas, e transformá-las em referenciais para o projeto de educação do campo que estamos construindo. Fazem parte deste patrimônio, as pedagogias que buscaram incluir o ser humano como sujeito e que muito contribuíram nas trocas de saberes entre trabalhadores e trabalhadoras. O Brasil precisa se dar ao trabalho de reconhecer seu profundo descaso em relação ao saber popular camponês. Saberes profundos que se originaram de nossas três matrizes sócio-culturais: afro, indígena e europeu. Estes saberes estão alicerçando continuamente o processo de construção do existir do povo brasileiro. Eles aparecem em festas populares, na agricultura, tratamentos de doenças com plantas medicinais, nos conhecimentos matemáticos e químicos que aparecem nas formas de plantios, nas observações das fases da lua, no ceifar e no guardar os produtos e nos tempos de cada plantio. Não se pensou, infelizmente, uma política de educação, nem linhas pedagógicas que respeitem estes saberes e aproximem de outros saberes. Entendemos o processo educativo como um conjunto de ações pedagógicas, de organizações curriculares desde o ensino infantil ao ensino superior, envolvendo todos os responsáveis pela construção deste novo ser humano camponês. A luta pela terra requer de nós uma política pedagógica que ajude ao campesinato a garantir tudo o que foi acumulado em seus imaginários, nas frestas lendárias onde os saberes se afirmam como identidade e como legado histórico. *Derli Casali é formado em filosofia e é coordenador do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).

A importância da articulação na construção da identidade e pela luta da educação do campo.

Salomão Hage
Gostaria de iniciar a minha fala destacando que no cenário atual existem entendimentos diferenciados sobre a concepção de educação que deverá referenciar prática pedagógica e as lutas sociais no campo.
1 – Os movimentos sociais do campo têm defendido o paradigma da EDUCAÇÃO DO CAMPO
Uma educação definida coletivamente pelos próprios sujeitos do campo.
Que não se faz sem os sujeitos do campo ou para os sujeitos do campo, mas com os sujeitos do campo.
Os sujeitos do campo são os protagonistas da educação que se realiza no Campo!

Uma educação entende o campo como o lugar onde vivem os sujeitos do campo; como sinal de vida, de trabalho, de cultura; de relações sociais.
Uma educação que quer expressar os interesses e necessidades de desenvolvimento dos sujeitos que vivem, trabalham e são do campo, e não meramente reproduzir os valores do desenvolvimento urbano.

Uma educação entendida não como um fim em si mesma, mas como um instrumento de construção da hegemonia de um projeto de sociedade: Includente, Democrática e Plural.
A educação parte do reconhecimento de que no campo existem uma pluralidade de sujeitos que podem conviver numa relação dialógica e fraterna.

Uma educação que contribui para a construção de uma outra relação entre o campo e a cidade, enfrentando a hierarquia e a desigualdade atualmente existentes.

A Educação do Campo se realiza no conjunto dos Movimentos sociais, das lutas e organizações do povo do campo!
Na luta pela terra e por condições dignas de vida e de afirmação de sua identidade.

É um projeto da Classe trabalhadora do campo para todas as pessoas que estão no campo e não somente para aqueles que se encontram engajados nos movimentos sociais do campo.

2 – As elites do campo têm defendido o paradigma da EDUCAÇÃO RURAL
Uma educação definida pelas elites (grupos de maior poder nos vários campos da sociedade) para os sujeitos do campo;
Uma educação que veicula uma concepção “urbano-cêntrica” de vida e desenvolvimento, a qual dissemina um entendimento generalizado de que o espaço urbano é superior ao meio rural, de que a vida na cidade oferece o acesso a todos os bens e serviços públicos, de que a cidade é o lugar do desenvolvimento, da tecnologia e do futuro, enquanto o meio rural é o lugar do atraso, da ignorância, da pobreza e da falta de condições mínimas de sobrevivência.
Os defensores dessa concepção afirmam ainda que a diferenciação entre o rural e o urbano não faz mais sentido, uma vez que o modo de vida do camponês está em processo de extinção e a única possibilidade de sobrevivência das populações do campo seria a sua integração ao modelo de vida da cidade, à agroindústria de grande porte e a sua subordinação às exigências mercadológicas da agricultura capitalista – o AGRONEGÓCIO.
Uma educação que não leva em consideração os conhecimentos que os alunos trazem de suas experiências e de suas famílias;
Uma educação que desvaloriza a vida do campo, diminuindo a auto-estima dos alunos e descaracterizando suas identidades;
Uma educação que fortalece o ciclo vicioso que os sujeitos do campo realizam: “de estudar para sair do campo” ou “de sair do campo para estudar”, fortalecendo o processo de migração campo-cidade;
Uma educação que se constitui enquanto um instrumento de reprodução e expansão da estrutura agrária e de uma sociedade excludentes.

A Educação do Campo se constitui numa ação “emancipatória” – incentiva os sujeitos do campo a pensar e agir por si próprios, assumindo sua condição de sujeitos da aprendizagem, do trabalho e da cultura.
Emancipar significa romper com a tutela de outrem, significa ter a possibilidade de tomar suas próprias decisões, segundo seus interesses e necessidades.
As populações do campo têm o direito de definir seus próprios caminhos, suas intencionalidades, seus horizontes.

A Educação rural se constitui numa ação “compensatória” – trata os sujeitos do campo como incapazes de tomar suas próprias decisões. São sujeitos que apresentam limitações, em função das poucas oportunidades que tiveram em sua vida e do pouco conhecimento que tem.
A educação é dada aos individuos para suprir suas carências mais elementares – Educação supletiva. Transmite-se a cada indivíduo somente os conhecimentos básicos, pois se acredita não ser necessário aos sujeitos do campo, que lidam com a roça, aprender conhecimentos complexos, que desenvolvam sua capacidade intelectual.
A educação é tida como um favor e não como um direito!

Para reafirmar o entendimento de Educação do campo como direito e não como favor, temos que apresentar políticas públicas sociais e educacionais que sejam elaboradas de nosso próprio lugar. Que tenham a nossa cara, o nosso jeito de ser, de sentir, de agir e de viver Amazônida.
Infelizmente, os estudos que vimos desenvolvendo através do GEPERUAZ nos tem revelado que no processo de elaboração das políticas sociais e educacionais para a região, tem-se desconsiderado os aspectos produtivos, ambientais e sócio-culturais locais e diversos presentes na região e na sociedade.
 A Amazônia apresenta como uma de suas características fundamentais a “heterogeneidade”, que precisa ser considerada nas propostas e políticas sociais e educacionais a serem apresentadas para a Região.

Essas particularidades produtivas, ambientais e sócio-culturais revelam a complexidade e o antagonismo que envolvem relações de poder entre grupos, populações e movimentos sociais presentes na Amazônia e mais especificamente no espaço da Amazônia do campo em torno da disputa pela hegemonia de projetos sociais específicos; de suas identidades culturais próprias; e do uso dos recursos naturais da Região. Essa situação nos adverte sobre a necessidade de que essas particularidades e esses processos conflitivos sejam considerados no processo de formulação de políticas públicas sociais e educacionais para a região.

Para garantir uma participação mais ampliada na elaboração das políticas educacionais para o campo no Estado do Pará, temos fortalecido a atuação do Fórum Paraense de Educação do Campo, que desde 2004, tem se colocado com mais intensidade nesse processo.

Em 2004, elaboramos o I Seminário de Educação do Campo e Desenvolvimento Rural na Amazônia e em 2005, estaremos realizando o II Seminário Estadual, congregando Entidades da Sociedade Civil, Movimentos Sociais, Instituições de Ensino, Pesquisa, Órgãos Governamentais de fomento ao desenvolvimento e da área educacional da sociedade paraense, que buscam defender, implementar, apoiar, fortalecer políticas públicas, estratégias e experiências de educação do campo e desenvolvimento rural com qualidade social para todos/as os/as cidadãos/ãs paraenses, sobretudo para as populações do campo, aqui entendidas como: agricultores/as familiares, indígenas, quilombolas, extrativistas, ribeirinhos e pescadores.

Essa tem sido a nossa luta e é por isso que estamos aqui, para estimular vocês nessa caminhada e para estimulá-los a participar cada vez mais, de forma articulada, desse Movimento por uma Educação do Campo no Pará e no Brasil.

Fonte
www.istoe.com.br

domingo, 26 de abril de 2009

Quem ama EDUCA > < Quem EDUCA ama



O objetivo do livro é devolver para a família a responsabilidade de educar os filhos, hoje atribuída à escola, dada a nova dinâmica familiar e profissional da sociedade ocidental. O autor se propõe a ajudar os pais nessa empreitada, reforçando a importância de valores e atitudes como limites e diálogo. Ressalta também que os pais devem se sentir tranqüilos em relação à educação dada a seus filhos, na medida em que lhes transmitem a responsabilidade pela própria felicidade, dando-lhes a autonomia de que eles certamente precisarão na vida adulta. Por fim, fica marcada a idéia de que os pais têm de garantir uma boa educação, que fizeram à sua parte da melhor maneira e assim contribuir para que seus filhos sejam felizes.




Juventude & Drogas: Anjos Caídos é resultado de 40 anos de experiência clínica em consultório e hospitais e no combate às drogas. E dá continuidade ao objetivo do Dr. Tiba: ajudar a família, a escola e o jovem a desenvolverem caminhos de controle ou de superação do uso das drogas. Nesta obra, o autor não só orienta sobre como prevenir o uso de drogas, identificar um filho usuário ou abordá-lo para iniciar tratamento. O autor faz com que adultos entendam o universo dos adolescentes, identificando e conhecendo as razões que levam seus filhos às drogas.
Álcool, cigarro, inalantes e solventes, maconha, tranqüilizantes, anfetaminas, cocaína, crack, merla, alucinógenos, esteróides e anabolizantes, sedativos e indutores do sono, heroína e morfina têm seus sintomas, usos e tratamentos explicados, um a um, em detalhes

Juventude & Drogas: Anjos Caídos é resultado de 40 anos de experiência clínica em consultório e hospitais (além de diversas participações em congressos) no combate às drogas e dá continuidade ao objetivo do dr. Içami Tiba: ajudar a família, a escola e o jovem a desenvolverem caminhos de controle ou de superação do uso das drogas.

A Integrare Editora, por ter uma proposta de ser uma empresa socialmente responsável e por acreditar que o papel das empresas vai além de pagar impostos e gerar empregos, destina uma porcentagem do faturamento de todo lançamento para uma entidade não-governamental reconhecida, atitude que faz parte de sua política empresarial.

Por essa razão, destina um porcentual da venda desta obra para a ONG Associação Parceria Contra Drogas, uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, voltada para a execução de projetos que contribuam para a ampliação e efetivação dos direitos humanos e o fortalecimento da cidadania especialmente dos grupos que, na história de nosso País, vêm sendo tradicionalmente excluídos de seu exercício.



"Esta obra vale tanto quanto uma campanha na televisão. Içami Tiba sabe passar a informação preciosa para pais que não querem perder seus filhos para as drogas. Muito obrigado por estabelecer uma parceria por meio desta sua nova obra, estamos felizes com a sua disponibilidade e a da Integrare Editora."

Paulo Heise
Presidente da Associação Parceria
Contra as Drogas

FONTE
http://www.tiba.com.br/

Obras do autor:
Sexo e Adolescência, Editora Ática, 10ª- ed., 1985.
Puberdade e Adolescência, Editora Ágora, 6ª- ed., 1986.
Saiba Mais sobre Maconha e Jovens, Editora Ágora, 6ª- ed., 1989
123 Respostas sobre Drogas, Editora Scipione, 3ª- ed., 11ª- impr., 1994.
Adolescência, o Despertar do Sexo, Editora Gente, 18ª- ed., 1994.
Seja Feliz, Meu Filho, Editora Gente, 21ª- ed., 1995.
Abaixo a Irritação, Editora Gente, 16ª- ed., 1995.
Disciplina, limite na medida certa, Editora Gente, 72ª- ed. 1996
O(A) Executivo(a) & Sua Família - O Sucesso dos Pais Não Garante a Felicidade dos Filhos, Editora Gente, 8ª- ed., 1998.
Amor, Felicidade & Cia., Editora Gente, 7ª- ed., 1998.
Ensinar Aprendendo, Editora Gente, 24ª- ed., 1998.
Anjos Caídos - Como Prevenir e Eliminar as Drogas na Vida do Adolescente, Editora Gente, 31ª- ed., 1999.
Obrigado, Minha Esposa, Editora Gente, 2ª- ed., 2001.
Quem Ama, Educa!, Editora Gente, 160ª- ed., 2002.
Homem-Cobra, Mulher-Polvo, Editora Gente, 26ª- ed., 2004.
Adolescentes: Quem Ama, Educa! - Integrare Editora, 38ª ed., 2008.
Entre 2006 e 2007 lançou as versões revisadas e atualizadas dos livros:

Disciplina: limite na medida certa. Novos Paradigmas, Integrare Editora, 80ª ed., 2008;
Ensinar Aprendendo. Novos paradigmas na educação, Integrare Editora, 28ª ed., 2008;
Educação & Amor, Integrare Editora, 2ª ed., 2007;
Seja Feliz, Meu Filho, Integrare Editora, 25ª. ed., 2007;
Juventude & Drogas: Anjos Caídos, Integrare Editora, 9ª ed., 2008;
Quem Ama, Educa! Formando cidadãos éticos; Integrare Editora,10ª ed., 2008.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Fala sério ... vale a pena conferir!!!

Autora do sucesso Tudo Por um Pop Star , com 12 mil exemplares vendidos, Thalita Rebouças lança obra sobre a delicada relação mãe e filha adolescente.




Que ser mãe é padecer no paraíso a sabedoria popular já tratou de espalhar para todo o mundo. Mas... e quanto aos filhos? Será que não vivem lá o seu quinhão de martírio nessa relação?
Em Fala sério, mãe!, a autora Thalita Rebouças, com seu bom humor costumeiro, apresenta os dois lados da moeda. Ao longo do livro são descritas as queixas e alegrias da mãe coruja, e um tantinho estressada, Angela Cristina, em relação à filha primogênita Maria de Lourdes, a Malu, assim como as teimosias e o sentimento de opressão desta em função dos cuidados, muitas vezes excessivos, de sua genitora.
Fala Sério, Mãe! chega às livrarias em novembro e deve repetir o sucesso de Tudo Por um Pop Star.
Para retratar os dois pontos de vista, a autora lança mão do seguinte expediente: a primeira parte do livro, da gestação de Maria de Lourdes até seus 13 anos, é narrada pela mãe, que, então, passa a palavra à filha de uma forma bastante inteligente e sensível: "É a menina cedendo lugar não à mulher, mas a uma linda mocinha. A minha mocinha (...) que se orgulha de ter idéias e ideais, que me ensina muito, diariamente, e que se expressa com clareza e coerência através de gestos, atitudes e, principalmente, palavras. É, palavras. A partir de agora, tenho certeza, ela já pode falar por si própria."
Nesse momento entra em cena a segunda narradora, a própria Maria de Lourdes, contando, de acordo com sua ótica, a relação de amor e ódio com a figura materna. Sua narração se estende até o fim da história, quando ela está com 21 anos.
No livro são descritas as habituais, e saudáveis, discordâncias existentes entre mães e filhas. As discussões entre Maria de Lourdes e Angela Cristina, às vezes sérias, outras vezes engraçadas; às vezes importantes, outras vezes irrelevantes, todas, no entanto, regadas a amor, possibilitando-lhes crescimento e amizade.
E, para fechar (ou abrir?) com chave de ouro a obra, o texto da orelha traz as duas protagonistas apresentando o livro num diálogo divertidíssimo. Ali elas dão uma palhinha do que vai ser a história: o relato da convivência, por vezes selvagem, entre criadora e criatura.



Como será que a Maria de Lourdes, ou, Malu, se relacionou com seus professores do colégio, da academia, do curso de inglês, de shiatsu, teatro, os particulares, os gatos, os durões, os que amavam ser durões, os amigos, o meio doido, o que não ria, o que não perdoava cola. Chegou a hora de revirarmos juntos o baú da trajetória da moça como aluna, narrada em crônicas pra lá de bem-humoradas que acompanham sua vida dos 3 aos 22 anos.
É ela mesma, a Malu, a filha da Angela Cristina, aquela que nos mostrou sua divertida e conflituosa relação com a figura materna em Fala sério, mãe! Mas a mãe não foi a única responsável pela tarefa de educá-la. E nem a única com quem ela teve conflitos enquanto crescia. Com alegria e bom humor, marcas registradas da autora, o livro promete boas gargalhadas e momentos da mais pura diversão.
- Tudo por um pop star, Tudo por um namorado e Fala sério, mãe!, os outros livros de Thalita Rebouças, continuam fazendo muito sucesso.
- A autora é adorada por seu público e mantém um site (www.thalita.com ) para se comunicar diretamente com todos que a procuram.
- Faz questão de passar a mensagem ?ler é bacana?.
- Escreve de um jeito bem peculiar e sobre temas atuais que costumam prender bastante a atenção principalmente das meninas.

Leiam e se divirtam com esses bem humorados livros escrito para todos nós...Fala sério!!!

Confira a lista de publicações da autora:
http://compare.buscape.com.br/proc_unico?id=3482&raiz=3482&kw=thalita+rebou%E7as

FONTE:http://www.thalita.com.br

Criação do programa Cesta Básica do Livro é autorizada > Senador Cristovam Buarque


Projeto que autoriza a criação, no âmbito do Ministério da Educação, do programa Cesta Básica do Livro, foi aprovado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), em caráter terminativo.A proposta, de Cristovam Buarque (PDT-DF), autoriza o Executivo a oferecer, a cada família com filhos entre seis e 18 anos que estudam em escolas públicas, dois livros de conteúdo literário, artístico ou científico, a cada bimestre letivo.


Com parecer favorável do relator, Marco Maciel (DEM-PE), o projeto (PLS 278/08) determina que os livros serão escolhidos a partir de um catálogo a ser elaborado pelo ministério, com a aprovação da Câmara de Educação Básica, vinculada ao Conselho Nacional de Educação.

Na justificação da matéria, Cristovam afirma que estudos recentes demonstram a diferença positiva do desempenho escolar de crianças que dispõem em suas casas de livros, revistas e jornais.

Na opinião do senador, o programa terá um efeito positivo "para a criação de hábitos mais evoluídos de consumo, hoje reservados às classes médias da sociedade brasileira".

Professores
Também foi aprovado pela comissão requerimento de Ideli Salvatti (PT-SC) para realização de audiência pública sobre a implantação da lei que estabelece piso salarial para docentes (Lei 11.738/08), e a aplicação da que trata da aposentadoria dos professores que exerceram cargos de direção, coordenação e assistência pedagógica (Lei 11.301/06).

Para o debate serão convidados os presidentes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin Leão; do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), Maria Auxiliadora Rezende; e da União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime), Justina Ivã de Araújo Silva.

Ainda de autoria de Ideli, foi acolhido requerimento para que o presidente da comissão, senador Flávio Arns (PT-PR), marque audiência com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, para tratar do andamento de ação direta de inconstitucionalidade impetrada contra a implantação da Lei 11.738/08.

A audiência também deverá contar com as presenças dos ministros Joaquim Barbosa e Carlos Alberto Menezes Direito.

Fonte: Jornal do Senado

sábado, 18 de abril de 2009

Educação no campo



Promover um ensino mais igualitário, que supere as desigualdades existentes entre a cidade e o mundo rural, é um dos objetivos do ministro da Educação, Fernando Haddad. Nesse sentido, o Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), tem dado passos significativos. Um deles foi a criação da Comissão Nacional de Educação no Campo, cuja missão é assessorar o MEC na formulação de políticas públicas para a educação no campo.

Quando se coloca o problema da educação do campo, grande parte de nossos governantes, secretarias de educação e intelectuais que se dizem pensantes da educação, partem do princípio que os grandes desafios estão na falta de estrutura, de professores preparados, de transporte escolar adequado, de material didático-pedagógico.

O grande desafio, na verdade, é a mudança do modelo de educação presente no campo. A escola que temos no campo não prepara as crianças nem para o mundo urbano e nem para o mundo do campo (com suas diferentes expressões culturais, de organizar a vida, de convivência). Mas sim para serem subservientes à lógica do capitalismo. Ou para serem explorados, espoliados e nada mais.

Enquanto as escolas agrotécnicas e os cursos de agronomia preparam jovens, quase todos oriundos do campo, para servirem as multinacionais e as regras do agronegócio, o que resta da educação no campo se afirma como uma espécie de desaprovação do conjunto de sentimento sócio-cultural que faz parte da comunidade camponesa. Não se mostra ou não se visualiza, nas escolas camponesas, as contradições presentes entre os que se afirmam donos das terras e os explorados nas relações capital trabalho.

Impôs-se aos trabalhadores do campo uma visão de campo puramente capitalista: ou se produz e se reproduz a agricultura baseada no uso intensivo de fertilizantes químicos, de maquinas pesadas, agro-exportadora, com muita terra a disposição e mão-de-obra especializada e não especializada, ou então não tem agricultura sustentável. Isso é o que a mídia mostra todos os dias.

Fazer a Reforma Agrária e organizar outro modo de vida no campo, com políticas públicas voltadas para os desafios postos pelas diferentes realidades culturais presentes nos diferentes sujeitos camponeses, são significados sociais e culturais que fogem a lógica do mercado neoliberal. Esse caminho não é moderno, nem produz patrão e empregado, não trabalha com máquinas pesadas, não compra muitas sementes, nem insumos, não favorece a concentração da terra, não cria graves impactos ambientais, não cria autonomia nas pessoas e nem ajuda desenvolver pesquisas nas pequenas propriedades, enfim, gera apenas grandes negócios para grandes empresários da terra.

O capitalismo sabe que transformar o campo em outro espaço de convivências humanas, de produção, de intercambio, de gestação de outros sentimentos ambientais e reinvenção de outros valores, exige acabar com a expropriação e exploração da natureza. Negar esse modelo significa negar o agronegócio, os interesses das multinacionais, as políticas de preços, de commodities da famigerada organização mundial do comércio. Significa mexer na racionalidade puramente burguesa e esclerosada do capitalismo.

A política que sustenta o agronegócio não tem coração, nem sentimento. Tudo é movido por meio do dinheiro, de mentiras, de mitos, de números que formam verdadeiras constelações de relações abstratas, longe dos impactos sociais, culturais e ambientais que ficaram para traz. Ao colocarmos, com certa urgência, a necessidade de um projeto político-pedagógico de educação do campo, afirmado por uma política pública que busque realmente expressar a realidade camponesa, não podemos esquecer o acúmulo de experiências de educação popular, construídas e acumuladas a partir do final dos anos 60, principalmente por parte das Comunidades Eclesiais de Base. Foi exatamente no interior destas comunidades que milhões de camponeses vivenciaram experiências de educação popular, onde muita gente aprendeu a ler e escrever a partir das lendas dos povos, leituras de mundo das famílias camponesas.

Entendemos que é preciso desentulhar todas as experiências que foram registradas e engavetadas, e transformá-las em referenciais para o projeto de educação do campo que estamos construindo. Fazem parte deste patrimônio, as pedagogias que buscaram incluir o ser humano como sujeito e que muito contribuíram nas trocas de saberes entre trabalhadores e trabalhadoras.

O Brasil precisa se dar ao trabalho de reconhecer seu profundo descaso em relação ao saber popular camponês. Saberes profundos que se originaram de nossas três matrizes sócio-culturais: afro, indígena e europeu. Estes saberes estão alicerçando continuamente o processo de construção do existir do povo brasileiro. Eles aparecem em festas populares, na agricultura, tratamentos de doenças com plantas medicinais, nos conhecimentos matemáticos e químicos que aparecem nas formas de plantios, nas observações das fases da lua, no ceifar e no guardar os produtos e nos tempos de cada plantio. Não se pensou, infelizmente, uma política de educação, nem linhas pedagógicas que respeitem estes saberes e aproximem de outros saberes.

Entendemos o processo educativo como um conjunto de ações pedagógicas, de organizações curriculares desde o ensino infantil ao ensino superior, envolvendo todos os responsáveis pela construção deste novo ser humano camponês. A luta pela terra requer de nós uma política pedagógica que ajude ao campesinato a garantir tudo o que foi acumulado em seus imaginários, nas frestas lendárias onde os saberes se afirmam como identidade e como legado histórico.

FONTE
http://www.interlegis.gov.br

terça-feira, 14 de abril de 2009

ZONAS UMIDAS



ZONAS UMIDAS
Charlotte Roche
Editora: Objetiva
De: R$ 34,90
Por: R$ 29,32

Mais de 1 milhão de exemplares vendidos
"Este é um livro que exige certamente um estômago forte." – Times Online
"Sua história é também um manifesto contra uma cultura que vende desodorizadores de ambiente e desodorantes vaginais." – The Observer

Helen Memel tem 18 anos e hábitos no mínimo escatológicos. Usa os aromas vaginais como perfume em gotas atrás das orelhas, cultiva caroços de abacate que gosta de introduzir na vagina e sente imenso prazer em sentar nos vasos sanitários públicos quando estão bem sujos. Ela também nos confessa, sem qualquer sombra de pudor, que tem enorme orgulho de suas hemorróidas com aspecto de couve-flor.

A ação se passa no setor de proctologia de um grande hospital alemão, onde a protagonista e narradora da história se recupera de uma cirurgia no ânus. É quando ela tem a oportunidade de refletir sobre seu corpo – entre uma e outra fantasia sexual com a equipe de enfermeiros que se tornam sua maior companhia no quarto do hospital. A intervenção foi necessária devido a um acidente provocado por ela mesma numa tentativa frustrada de barbear sozinha suas partes íntimas.

Depois do sucesso de vendas na Europa, a personagem criada por Charlotte Roche é considerada por muitos uma heroína feminista ousada, mas o livro chegou a ser inicialmente rejeitado por várias editoras alemãs, que o consideraram pornográfico. Segundo a autora, Zonas Úmidas vai além disso: "Eu quis escrever sobre sexualidade feminina e propositadamente exagerei nos detalhes. Escrevi cenas com a intenção de deixar as pessoas excitadas, com o rosto corado e quente, como quando assistem a uma cena mais explícita de sexo na TV".

Sobre a autora
Charlotte Roche nasceu em 1978 em High Wycombe, Inglaterra, e foi criada na Alemanha. Trabalhou como apresentadora para os canais Viva e ZDF, equivalentes da MTV na Alemanha. É casada, vive em Colônia e tem uma filha de cinco anos. Zonas Úmidas.

FONTE
(Aproveite e leia um trecho do livro)
http://www.objetiva.com.br/objetiva/cs/?q=node/1752