domingo, 7 de junho de 2009

A segunda abolição por Cristovam Buarque


"A erradicação da pobreza é o primeiro dos desafios de nossa geração, como há 100 anos atrás, uma outra geração aboliu a escravidão e proclamou a Repùblica."


Cristovan Buarque em seu livro “A Segunda Abolição” fez uma maciça critica sobre a “qualidade” de vida da sociedade brasileira de como vemos e levamos esta nação marcada pelas diferenças. O que me levou a uma profunda analise, sendo fisgada pelas suas palavras de pedido de socorro o que me fez fazer das suas palavras as minhas, porém com minhas interpretações.

Passados todos estes anos, nós, juntos, não fizemos o Brasil melhor e agravamos o quadro de pobreza, nos fizemos mais desiguais, menos soberanos, mais estagnados, mais descontentes. Não completamos nossa democracia, não erradicamos a pobreza, pioramos a qualidade de vida, agravamos nossa pouca soberania; não estamos crescendo economicamente e fomos ridículos defensores do que há de menos humanistas nos foros internacionais em busca de um novo modelo civilizatório.

Nos últimos anos entregamos à integração mundial ingressando na globalização sem proteger nossa soberania, sem manter os valores fundamentais de nossa identidade. Neste século, e durante o período em que nossa geração foi responsável pela escolha dos presidentes, continuamos construindo um desenvolvimento desigual que aumenta, ao mesmo tempo a riqueza de alguns e a pobreza de muitos.

O Brasil hoje é campeão mundial de desigualdade pela renda, pela religião, pela falta de educação, de sobra de doenças endêmicas, de abandono de nossas crianças, e violência de jovens infratores, de adultos pobres lutando pela sobrevivência e de muitas cidades dominadas pelo medo e pelo caos.

A erradicação da pobreza é o primeiro dos desafios de nossa geração, como há 100 anos atrás, uma outra geração aboliu a escravidão e proclamou a República. E deixou tudo o mais para que gerações futuras fizessem e não o fizemos. Gerações depois de gerações, o Brasil carregou decisões equivocadas a serviço das elites distantes do povo.

Não pretendendo abordar uma nova construção de uma nova nação brasileira, apenas de como erradicar a pobreza que é a imediata exigência ética. A cada momento da história do país, surge um novo tipo de divisão inviabilizando a construção de uma nação de compatriotas incluindo no mesmo projeto de desenvolvimento, onde a elite jamais considerou nosso povo parte do mesmo conjunto de uma família nacional.

Neste século, o crescimento econômico concentrado para alguns já transformou a desigualdade em uma diferença como no começo entre portugueses e índios e entre os senhores e escravos, a diferença virou dessemelhança.

A erradicação da pobreza, exige um projeto de incorporação das grandes massas brasileiras nos benefícios de nosso potencial e nossa economia. O Brasil, desde seu primeiro momento preferiu importar as próprias necessidades. A luta pela pobreza tem que ser feita pela ótica social e não na ótica econômica.

Sem dúvida nós a MASSA devemos tomar o controle, mas precisamos nos unir para que isso aconteça.
No inicio da leitura podemos sentir um frio na barriga, e nos perguntar: É é esso o pais que chamamos de pátria?

Parece mais o retrato de um doente terminal, e é isso mesmo que temos. Um pais doente, doença transmitida por políticos viciados, utilizando-se de seus mandatos para exterminar de vez com nossa soberania. Devemos assumir o controle e comandar essa EMERGÊNCIA, cuidar desse doente pois é nossa a responsabilidade.

O nó na garganta é inevitável, mas devemos aprender a agir e não reagir. Nosso voto é nossa maior arma para mudar esse cenário de UTI.

Tatiana Waleska

Fonte:
http://falandonalata.wordpress.com
http://www.cristovam.com.br/
http://www.cristovam.org.br/