domingo, 10 de maio de 2009

Transumanismo



Transumanismo (às vezes simbolizado por >H ou H+) é uma filosofia emergente que analisa e incentiva o uso da ciência e da tecnologia, especialmente da biotecnologia, da neurotecnologia e da nanotecnologia, para superar as limitações humanas, e, assim, poder melhorar a própria condição humana.

O termo transumanismo foi criado pelo biólogo Julian Huxley em 1957, que o definiu como a doutrina do "homem continuando homem, mas transcendendo, ao perceber novas possibilidades de e para sua natureza humana". Essa definição, conquanto historicamente originária, não é a mais usada, que dela difere significantemente.

Em 1966, FM-2030 (antes F.M. Esfandiary), um futurista estadunidense da New School University, começou a identificar como "transumano" (uma referência a "humano transitório") — seriam pessoas que adaptavam tecnologias, estilos de vida, e visões de mundo transicionais à uma pós-humanidade.

A caracterização atual do termo, porém, deve-se-a a Max More. Em suas palavras, "O transumanismo é a classe de filosofias que buscam nos guiar a uma condição pós-humana. Ele inclui muitos elementos do humanismo, como o respeito pela razão e pela ciência, o compromisso pelo progresso, e a valorização da existência humana (ou transumana) na vida[…], mas difere no reconhecimento e na antecipação de alterações radicais na natureza e nas possibilidades de nossas vidas, resultando de várias ciências e tecnologias[…]."

Anders Sandberg descreve o transumanismo moderno como "a filosofia que diz que podemos e devemos nos desenvolver a níveis maiores, seja fisicamente, mentalmente ou socialmente, usando métodos racionais", enquanto Robin Hanson o descreve como "a idéia de que, de vários modos, nossos descendentes não irão ser considerados 'humanos'."

À falta de uma definição oficial da ciência Neurotecnologia que nos pareça completa, decidimos aventurar-nos na busca de uma satisfatória. Para começar, temos de incluir os termos Sistema Nervoso Central, com especial destaque para o Cérebro. Não podemos partir do princípio que é limitada ao ser humano, tanto que alguma da mais interessante investigação foi, e continuará a ser, realizada em ratos. Temos que contar, também, que visa, não só a monitorização dos processos cerebrais, mas também a possibilidade da intervenção activa no seu funcionamento. Para terminar, teremos atenção à morfologia da palavra.

Assim, podemos definir Neurotecnologia como a ciência que permite realizar um controlo activo e proactivo da actividade do Sistema Nervoso Central (doravante denominado SNC), em especial do Cérebro, e que permite a sua estimulação controlada ou recepção de informação com o objectivo de lidar com patologias, interagir com objectos externos ou o aumento das suas capacidades naturais.

É relevante referir que grande parte da chamada Biotecnologia Vermelha (que, por definição, é a parte da biotecnologia que lida com os processos médicos) ou, pelo menos, toda aquela que lida directa ou indirectamente com o SNC pode ser, também, catalogada como Neurotecnologia.

Mostra-se também relevante referir, rapidamente, que a diferença entre metodologias invasivas e não-invasivas se prende com o facto de existir um objecto, independentemente de qual seja, a realizar um interacção directa com o Organismo ou, respectivamente, não, quer seja o caso de uma seringa, um tubo ou um chip.

Biotecnologia é tecnologia baseada na biologia, especialmente quando usada na agricultura, ciência dos alimentos e medicina. A Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU possui uma das muitas definições de biotecnologia:

"Biotecnologia define-se pelo uso de conhecimentos sobre os processos biológicos e sobre as propriedades dos seres vivos, com o fim de resolver problemas e criar produtos de utilidade."

A definição ampla de biotecnologia é o uso de organismos vivos ou parte deles, para a produção de bens e serviços. Nesta definição se enquadram um conjunto de atividades que o homem vem desenvolvendo há milhares de anos, como a produção de alimentos fermentados (pão, vinho, iogurte, cerveja, e outros). Por outro lado a biotecnologia moderna se considera aquela que faz uso da informação genética, incorporando técnicas de DNA recombinante.

A biotecnologia combina disciplinas tais como genética, biologia molecular, bioquímica, embriologia e biologia celular, com a engenharia química, tecnologia da informação, robótica, bioética e o biodireito, entre outras.

Antes dos anos 1970, o termo biotecnologia era utilizado principalmente na indústria de processamento de alimentos e na agroindústria. A partir daquela época, começou a ser usado por instituições científicas do Ocidente em referência a técnicas de laboratório desenvolvidas em pesquisa biológica, tais como processos de DNA recombinante ou cultura de tecidos. Realmente, o termo deveria ser empregado num sentido muito mais amplo para descrever uma completa gama de métodos, tanto antigos quanto modernos, usados para manipular organismos visando atender às exigências humanas. Assim, o termo pode também ser definido como, "a aplicação de conhecimento nativo e/ou científico para o gerenciamento de (partes de) microorganismos, ou de células e tecidos de organismos superiores, de forma que estes forneçam bens e serviços para uso dos seres humanos.

Há muita discussão - e dinheiro - investidos em biotecnologia, com a esperança de que surjam drogas milagrosas. Embora tenham sido produzidas uma pequena quantidade de drogas eficazes, no geral, a revolução biotecnológica ainda não aconteceu na indústria farmacêutica. Todavia, progressos recentes com drogas baseadas em anticorpos monoclonais, tais como o Avastin da Genentech, sugerem que a biotecnologia pode finalmente ter encontrado um papel a desempenhar nas vendas farmacêuticas.

A Neurotecnologia é uma das partes componentes do hot-topic actual NBIC, que é uma referência a Nanociência, Biotecnologia, Tecnologias da Informação e Ciências Cognitivas, e é todo o conjunto de ciências cuja convergência temporal é indissociável do avanço científico de qualquer um destes temas.

A nanotecnologia está associada a diversas áreas (como a medicina, eletrônica, ciência da computação, física, química, biologia e engenharia dos materiais) de pesquisa e produção na escala nano (escala atômica). O princípio básico da nanotecnologia é a construção de estruturas e novos materiais a partir dos átomos (os tijolos básicos da natureza). É uma área promissora, mas que dá apenas seus primeiros passos, mostrando, contudo, resultados surpreendentes (na produção de semicondutores, Nanocompósitos, Biomateriais, Chips, entre outros). Criada no Japão, a nanotecnologia busca inovar invenções, aprimorando-as e proporcionando uma melhor vida ao homem. Um dos instrumentos utilizados para exploração de materiais nessa escala é o microscópio eletrônico de varredura, o MEV.

O objetivo principal não é chegar em um controle preciso e individual dos átomos.

Fonte
http://transhumanismo.blogs.sapo.pt/1415.html